Hortaliça famosa por inúmeros benefícios à saúde, ela também é uma excelente dica para quem economizar. Trata-se da beterraba, que tem apresentado desde o mês passado alguns dos seus menores preços de 2021. No período de 1 a 12 de dezembro, o produto foi cotado em média a R$ 1,44/kg no atacado, o que equivale a uma queda de 38% em relação a abril (R$ 2,32/kg), quando atingiu o pico de preço neste ano.

No último mês de novembro, a beterraba chegou a ficar ainda mais em conta para o comprador, sendo comercializada, em média, a R$ 1,19/kg. De acordo com o calendário de sazonalidade da CeasaMinas, é no período de agosto a dezembro que o produto apresenta os menores preços. Em janeiro, os valores são considerados regulares e é de fevereiro a maio que ocorrem as maiores altas.

Se a época é de oportunidade de economia para o comprador, aos produtores cabe o desafio de conviver com a alta generalizada nos custos de produção. “Desde o início da pandemia da Covid-19, sentimos um aumento de 80% nos insumos, sem que os preços acompanhem essa alta”, lamenta Alisson Massaaki Miyashita, que vende beterraba cultivada em Carandaí (MG), em nome do agricultor Toshio Okada, no Mercado Livre do Produtor (MLP) de Contagem.

Ele explica que a escassez de alguns insumos de produção no mercado internacional foi agravada pela alta do dólar no Brasil, resultando no aumento de vários itens importados. “Além disso, também pesaram nas contas os custos com mão de obra, defensivos agrícolas e transporte, dentre outros”, ressalta.

Neste dia 15/12, ele comercializava o saco de 20 quilos de beterraba no atacado entre R$ 30 e R$ 35 reais. “Esse preço praticamente empata com nossos custos de produção”, afirma ele, que tem trazido ao MLP de 300 a 400 sacos de beterraba por dia.

Tendência de valorização
Nesse cenário, a expectativa de valorização da beterraba ao longo dos próximos meses cai como um alívio para muitos produtores. Além da pressão normal da demanda por conta das ceias de fim de ano, as chuvas tendem a elevar os preços da hortaliça. “Com as chuvas, a colheita se torna mais demorada, o que acaba afetando a oferta do produto no mercado”, explica o produtor rural Moacir Junior Carvalho, que cultiva no município de São Gotardo.

Na propriedade onde produz, ele conta que há também câmaras frias, as quais garantem a continuidade da entrega da mercadoria aos clientes, mesmo em épocas de entressafra.

Procedência
Praticamente toda a beterraba (99,97%) comercializada no entreposto de Contagem de janeiro a novembro deste ano foi proveniente de municípios mineiros. O destaque fica para Carandaí, responsável por 34,86% do volume total, seguida por São João del-Rei (23,13%).

Você sabia?
Conforme aponta o site da Embrapa Hortaliças, a beterraba é uma hortaliça tuberosa, originária da Europa, da família Quenopodiácea, assim como a acelga e o espinafre verdadeiro. Apesar de comumente qualificada de raiz, ela é resultante do engrossamento de uma porção do caule. Existem três tipos de beterraba: a beterraba açucareira, usada para produção de açúcar, a beterraba forrageira, usada para alimentação animal e a beterraba cujas raízes são consumidas como hortaliça, que é a mais conhecida no Brasil.

A beterraba é rica em açúcares. Destaca-se entre as hortaliças pelo teor de fibras alimentares, manganês, potássio e zinco. Também fornece vitamina B9 (ácido fólico) e vitamina C.

Demais produtos em safra e outros dados, como o Boletim Diário de Preços, podem ser consultados pelo link Informações de Mercado do site da CeasaMinas.

Mais informações:
Departamento de Comunicação CeasaMinas (31) 3399-2011/2012